Quem fez o que, quando, como, onde e por quê?
Juliano de CamargoBacharel em direito, pós-graduando em direito público, concursando
Diante de uma pergunta dissertativa, escrita, oral, ou mesmo na necessidade de resolução de um problema prático, especialmente jurídico, ao tomar decisões, logo de início, a mente pode ficar confusa, tentando encontrar os pontos que convirjam para a resposta. Nessa hora é preciso organizar os pensamentos e uma dica prática são os 6W (prática usual no jornalismo investigativo).
W, porque vem das palavras em inglês:
WHO, WHAT, WHEN, HOW, WHERE, WHY;
ou melhor esclarecendo: QUEM, O QUE, QUANDO, COMO, ONDE, POR QUÊ
No trabalho, nos estudos dirigidos, nas provas, tente identificar estas respostas. São indagações importantíssimas que focam o pensamente e podem conduzir à solução do problemas ou simplesmente pode ajudar a fixar melhor o conteúdo estudado.
Destaco que tais perguntas nunca serão respondidas com sim ou não; é preciso pensamento e abstração.
· Sobre quem estou tratando, ou quem escreveu, ou quem são as partes?
· O que é isso, ou o que devo buscar?
· Quando ocorreram os fatos, quando foi escrito, quando é aplicável?
· Como se usa, como se aplica, como é o processo ou procedimento?
· Onde fica, onde ocorreram os fatos, onde está na lei?
· Por que disseram isso, por que ocorreu dessa maneira, por que seguiu assim e não de outro jeito?
Os grandes retóricos gregos Platão, Aristóteles e Protágoras foram quem condensaram a idéia da persuasão e argumentação retórica, expondo fatos, demonstrando-os e concluindo, com aspectos essenciais: brevidade, clareza e verossimilhança. Mas foi o romano Cícero, em De Inventione, quem explicitou os aspectos essenciais de um texto compreensível a todos:
· quis/persona – quem;
· quid/factum – o que;
· ubi/locus – onde;
· quem admodum/modus – como;
· quando/tempus – quando;
· quibus adminiculis/facultas – com que meios;
· cur/causa – por quê.
Lembre-se: quem fez o que, quando, onde, como e por quê?
Mais informações: